dezembro 31, 2003
  [ano novo]

Nos anos 5 eu era a coisa mais querida. No início anos 6 me transformei na coisinha mais CDF. No final dos anos 6 e nos anos 7 radicalizei, pero sin perder la ternura: amava os Beatles e os Rolling Stones, mas lia Marx. Quando deu para os 7, eu me perdi. De mim, dos outros e do mundo. Criei um mundo e desapareci nele. A segurança da cêrca óctupla.
Resolvi acordar na metade dos 9: se não estiver bom aqui sempre posso correr 15km para lá.
O fim do milênio pesou, mas ainda tentei uma saída: solidão. Até que nos anos 1 chegou a paixão. Surpresa unilateral.
Entrei em 2 de volta para a cêrca óctupla. Em meio período, pois algumas partes de mim brilham por aí, desconcertantes. Os anos 3 foram lá e cá, calma e tempestade. Alinhei.
Mas ainda falta voltar a correr os 15km.

 
dezembro 01, 2003
  [Herança]

Sei lá se é preciso dizer algo sobre estas coisas que estou te enviando.
Acho que elas falam por si mesmas.
Falam de amor, de respeito, de carinho e de alegria.
Amo estas coisas como sempre amei tudo o que diz respeito a ti.
O pinguinzinho é o presente que eu ia te levar em Curitiba.
Este CD eu comprei, gastei escutando aquela música.
There is a light...
Ele tem tudo a ver contigo, então é teu.
As fotos, também. Não estou mandando as que eu estou. Não tive coragem.
Só mando aquela do dia das pizzas. Porque ela diz muito.
No disquete estão nossas conversas.
Aqui na minha cabeça eu penso que daqui uns anos, se deres uma olhada, vais entender um pouco mais sobre esta maluca aqui. Sobre afeto e sobre amor.
Não sei bem como vais receber esta herança toda. Mas se estiver muito puto sempre pode jogar pela janela. Menos o pinguinzinho.
Amo você, nunca esqueça disso.
 
o vento do sul abre trilhas no tempo

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