janeiro 25, 2004
 
[o que eu não sei]


Sim.
Eu sei a velocidade da luz, eu posso calcular distâncias, eu aprendi trigonometria, mas...
O que eu queria mesmo saber é quantos graus,
quantos minutos,
quantos segundos
tem o ângulo que forma o nosso olhar quando olhamos a mesma estrela, nestas noites de verão.
 
  [do meu jeito]

Eu te invento à toda hora
Te coloco e te desloco
Eu te faço como eu quero,
Silencioso ou falante,
fraco, forte, vago ou errante...
Preciso e intenso como um punhal
Eu te crio à cada instante.
E já não vejo teu rosto,
mas tua voz me segura
muito mais que teus punhos.
Tu me prendes , mas eu dito tuas falas
O que tu levas na noite
Eu acho em mim quando amanhece.
E, assim,
eu te recrio na medida da minha vontade,
no ritmo dos meus desejos,
do tamanho da minha loucura.
 
janeiro 18, 2004
  [na segunda camada]

Ideologia é aquilo que habita a segunda camada. Está no que se tenta liberar. Dois milímetros abaixo da superfície, entrelaçada no verniz estético.
 
janeiro 04, 2004
  [Se]

Se eu quisesse um pouco mais
Tudo seria sugado, revirado,
Regurgitado, amorfo
Como algo que se mastigou e cuspiu
Sem nada que corte
Sem nada que fira
Mas, pra quê?
 
  [o duplo]


Escolher entre as luzes e o mar
Pode ser que seja fácil
ou não. Deixar-se ficar na escuridão, na passagem
basta abandonar-se à corrente das horas, dos minutos, dos segundos...
Porém, a luz chama, clama, atrai e trai.
entabular o ritmo dos que se pensam vivos,
E o mar ancora sem prender,
linkar a seqüência de vazios, os múltiplos nadas,
melhor deixar-se embalar
abrir todos os círculos,
esquecer a possibilidade da tempestade,
eliminar as arestas.
Navegar
Viajar
 
o vento do sul abre trilhas no tempo

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